Patologias

Transtornos do Neurodesenvolvimento

Autismo

Conhecido como autismo, o transtorno do espectro do autismo (TEA) é caracterizado por déficit na comunicação social (socialização e comunicação verbal e não verbal) e comportamento (interesse restrito ou hiperfoco e movimentos repetitivos).

 

Alguns sinais de autismo já podem aparecer a partir de um ano e meio de idade. As principais características que podem ajudar a identificar o autismo na criança são:

  • Não olhar nos olhos quando alguém fala com ela;
  • Não atender quando chamado pelo nome;
  • Repetir frases e palavras e dar risadas e gargalhadas em momentos inadequados;
  • Não gostar de contato físico como abraçar ou beijar;
  • Dificuldade de relacionamento com outras crianças;
  • Repetição das mesmas palavras, movimentos e brincadeiras;
  • Preferir não se comunicar;
  • Interesse restrito por um único assunto;
  • Não entender gestos e expressões faciais das outras pessoas.

O diagnóstico é clínico feito por um psiquiatra.

 

Déficit de atenção (TDAH) 

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, também conhecido como TDAH, é um transtorno neurobiológico que tem como principais sinais: Desatenção, Hiperatividade e Impulsividade. É o transtorno mais comum em crianças e adolescentes que costuma aparecer na infância antes dos 12 anos de idade, e mesmo que o paciente receba tratamento, em mais 70% dos casos o TDAH acompanha o indivíduo por toda a vida. Quando não tratado, causa grandes prejuízos na sua qualidade de vida.

O diagnóstico correto e preciso do TDAH é realizado através de uma longa anamnese com um profissional especializado como um psiquiatra.

 

Transtornos Psicóticos

Esquizofrenia 

A esquizofrenia não é mais definida como uma doença, no sentido clássico do termo, mas como um transtorno mental, que pode afetar pessoas de qualquer idade (geralmente mais comum no início da vida adulta), gênero, raça, classe social e país. 

O transtorno mental causa sofrimento psíquico grave, e tem característica principal a psicose que é a alteração no contato com a realidade. 

O diagnóstico da esquizofrenia requer a presença de no mínimo dois dos cinco sintomas: delírios, alucinações ou discurso desorganizado, comportamento motor desorganizado ou anormal (incluindo catatonia) e sintomas negativos (isolamento social, déficit cognitivo, diminuição de iniciativa e da vontade, falta de repertório do pensamento e da fala, rigidez afetiva). 

 

Transtorno delirante persistente

O transtorno delirante caracteriza-se pela presença de delírios que persistem por no mínimo um mês, sem outros sintomas que levariam ao diagnóstico de esquizofrenia ou transtorno de humor. A característica principal do transtorno delirante persistente é a presença única e exclusiva dos delírios.

 

Os delírios são convicções falsas firmemente mantidas e podem ser:

Não bizarros: envolvem situações que poderiam acontecer, tais como ser seguido, envenenado, infectado, traído pelo cônjuge, enganado pelos familiares ou amigos.

Bizarro: envolvem situações impossíveis como acreditar que alguém removeu os órgãos internos sem deixar cicatriz.

O transtorno delirante geralmente ocorre na metade ou no final da vida adulta. Apesar do funcionamento psicossocial não ser tão prejudicado, como no caso da esquizofrenia, pode ocasionar prejuízos para a qualidade de vida da pessoa e/ou de terceiros.

 

Transtorno Esquizoafetivo 

O Transtorno Esquizoafetivo é um transtorno mental que tem como característica sintomas psicóticos, como alucinações, movimentos do corpo fora do normal ou falas desorganizadas e alterações de humor.

 

Os principais sintomas psicológicos do Transtorno Esquizoafetivo são:

  • Alucinações;
  • Paranoia;
  • Psicose;
  • Depressão;
  • Ansiedade;
  • Alteração de humor;
  • Delírios.

 

Os principais sintomas cognitivos incluem:

  • Pensamentos acelerados;
  • Perda repentina de interesse nas atividades do dia a dia;
  • Impulsividade;
  • Isolamento social;
  • Comportamento motor inapropriado;
  • Queda de rendimento escolar ou no trabalho;
  • Distúrbios do sono. 

 

Psicose Aguda 

Psicose aguda é uma desordem mental com quadros de curta duração caracterizados por distorção da realidade, com alterações marcadas das emoções e do comportamento, agitação psicomotora e comportamentos bizarros, nos quais após a remissão do episódio agudo o doente retorna completamente ao nível de funcionamento normal.

A psicose se caracteriza pela presença de dois principais sintomas: alucinações e delírios.

Nas alucinações, ocorrem percepções falsas de um dos sentidos na ausência de um estímulo real. A alucinação auditiva é a mais comum, o indivíduo escuta uma ou várias pessoas falando, assim como música. O indivíduo também sente, percebe ou até saboreia coisas que não existem.

A psicose aguda pode ser causada por transtornos psiquiátricos primários ou ser secundária ao uso de substâncias ou etiologias clínicas específicas.

 

Transtornos Ansiosos 

Ansiedade generalizada

O Transtorno de Ansiedade Generalizada é quando o sentimento de ansiedade constante acontece por um período de pelo menos 6 meses, gerando prejuízo na vida da pessoa.

 

O principal sintoma do Transtorno de Ansiedade Generalizada, é a preocupação excessiva e a ruminação de pensamentos. No entanto, outros sintomas podem estar presentes:

  • Tensão muscular (tremores no canto do olho)
  • Cansaço constante
  • Insônia
  • Falta de concentração
  • Dificuldade de memorizar
  • Aumento da vontade de urinar. 

 

Síndrome do Pânico 

A síndrome de pânico é caracterizada por ataques de pânico inesperados, sem nenhum motivo aparente e recorrentes. Durantes a síndrome de pânico, os ataques de medo intenso ou desconforto intenso são acompanhados de sintomas físicos incluindo, sensação de aumento dos batimentos cardíacos, palpitações, falta de ar ou sensação de asfixia, suor intenso, tontura, dor torácica, náusea ou desconforto abdominal. Também estão presentes sintomas psicológicos como sensação de perder ou controle ou enlouquecer / morrer ou que está com alguma doença grave. 

 

Fobia social 

A fobia social é um transtorno ansioso no qual a pessoa é incapaz de lidar com situações de interações sociais com desconhecidos ou em lugares que a coloquem em evidência, gerando um enorme desconforto e nervosismo, como consequência ela se sente vulnerável e evita essas situações.

 

A fobia social pode causar sintomas comportamentais, incluindo:

  • Medo de interagir com pessoas desconhecidas, autoridades ou pessoas de destaque;
  • Receio em demonstrar nervosismo e ansiedade;
  • Receio de demonstrar rubor e voz trêmula devido ao nervosismo;
  • Receio em passar por constrangimentos;
  • Ansiedade extrema antes de um evento, compromisso ou encontro;
  • Receio em ser colocado em evidência em alguma situação;
  • Ficar apreensivo em dar uma opinião contrária de outra pessoa;
  • Receio de expressar sua opinião;
  • Medo de situações em que pode ser avaliado;
  • Ficar nervoso ao reunir-se com amigos em uma festa;
  • Receio de atender ao telefone ou outras chamadas;
  • Desconforto em manter contato visual com alguém durante uma conversa.

 

Além dos sintomas comportamentais, a fobia social também pode gerar sintomas físicos como:

  • Respiração ofegante
  • Batimento cardíaco acelerado
  • Rosto ruborizado;
  • Náuseas ou enjoo;
  • Confusão mental;
  • Dor de barriga;
  • Tensão muscular;
  • Tontura ou desorientação.

Além desses possíveis sintomas, pessoas com fobia social tem a sensação de serem avaliadas e julgadas por todos o tempo todo.

 

Fobias específicas

Fobia específica é o medo e a ansiedade em grau desproporcional ao perigo ou risco real diante de uma situação ou objeto específico. Geralmente a pessoa evita o possível a situação ou o objeto, e quando a exposição ocorre a ansiedade se desenvolve rápido, chegando até o nível de ataque de pânico. As pessoas com fobia específica normalmente reconhecem que seu medo é irracional e excessivo.

As fobias específicas são consideradas os transtornos de ansiedade mais comuns. Algumas das fobias específicas mais comuns são medo de animais (zoofobia), de altura (acrofobia), de tempestades (astrofobia ou brontofobia) e de lugares fechados (claustrofobia).

 

Os pacientes com fobia específica geralmente apresentam:

  • Medo acentuado persistente por 6 meses ou mais ou ansiedade sobre uma situação ou objeto específico;
  • Medo ou ansiedade imediata causada quase sempre por uma situação ou objeto.
  • Pacientes evitam ativamente a situação ou objeto.
  • Medo ou ansiedade desproporcional ao perigo real;
  • Medo, ansiedade e/ou esquiva causam sofrimento significativo ou prejudicam o funcionamento social ou ocupacional.

 

Transtornos Neuróticos 

Transtorno Obsessivo-compulsivo TOC 

O transtorno obsessivo compulsivo (TOC) é um distúrbio psiquiátrico caracterizado presença de crises recorrentes de obsessões e compulsões.

Obsessão são pensamentos, impulsos e imagens recorrentes e persistentes que invadem a pessoa sem que ela queira.

Compulsões são comportamentos repetitivos com regras e etapas rígidas e pré-estabelecidas ou atos mentais que o paciente se sente pressionado a realizar em respostas a aqueles pensamentos compulsivos, que faz para que tais pensamentos possam cessar ou suprimir.

Os exemplos mais comuns de transtorno obsessivo compulsivo TOC são: limpeza (contaminação), simetria (simetria, organização e contagem), conferência ou checagem, pensamentos “proibidos” ou tabus (ex: relacionados a sexo, pecado e agressão) e o mais comum, o de dúvida patológica (a pessoa necessita ficar reafirmando se seu pensamento é real) são alguns dos exemplos.

 

Reação aguda ao estresse 

O transtorno de estresse agudo ou reação aguda ao estresse é uma reação disfuncional intensa e desagradável que se inicia logo após um evento extremamente traumático e tem duração de um mês. Se os sintomas persistirem além de um mês, a pessoa será diagnosticada com transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). 

 

O transtorno de estresse agudo é diagnosticado quando a pessoa teve uma exposição direta ou indiretamente a um evento traumático e sofreu no mínimo, nove dos sintomas a seguir por três dias até um mês:

  • Memórias angustiantes recorrentes, incontroláveis e intrusivas sobre o evento traumático;
  • Sonhos angustiantes recorrentes sobre o evento;
  • Sensação de que o evento traumático está ocorrendo novamente;
  • Angústia psicológica ou física intensa quando algo ou alguém relembra o evento;
  • Incapacidade persistente de sentir emoções positivas como felicidade, satisfação ou amor;
  • Sensação de alteração da realidade (por exemplo, sentir-se desorientado ou como se o tempo estivesse passando mais lentamente);
  • Perda da memória de uma parte importante do evento traumático;
  • Evita memórias, pensamentos ou sentimentos angustiantes associados com o evento;
  • Evita situações, conversas e pessoas que relembram o evento ocorrido;
  • Distúrbio do sono;
  • Irritabilidade ou ataques de raiva;
  • Estado de hipervigilância (excesso de atenção à possibilidade de perigo);
  • Dificuldade de concentração;
  • Resposta exagerada a barulhos fortes, movimentos súbitos ou outros estímulos.

 

Transtorno de estresse pós-traumático 

O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é caracterizado por reações disfuncionais intensas e desagradáveis que ocorrem após um evento extremamente traumático que geram sentimentos de medo, desamparo ou horror.

O transtorno de estresse pós-traumático tem duração de mais de um mês. Ele pode ser uma continuação do transtorno de estresse agudo ou surgir separadamente até seis meses após o evento.

 

O transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) costumam ter quatro categorias de sintomas:

  • Sintomas intrusivos (invasão de pensamentos de maneira repetida e incontrolável sobre o evento);
  • Sintomas de esquiva (evitar qualquer coisa que as relembre do evento);
  • Efeitos negativos sobre o pensamento e o humor (amnésia dissociativa, depressão e sentimento de culpa);
  • Alterações no estado de alerta e nas reações (dificuldade em adormecer ou se concentrar; comportamento imprudente ou ataques de raiva; vigilância excessiva). 

 

Transtornos dissociativos 

São transtornos que afetam a continuidade entre pensamentos, memórias, ambiente, ações e identidade. A pessoa se distancia da realidade de forma involuntária e geralmente tem dificuldade em se lembrar dos acontecimentos depois. 

 

Os transtornos dissociativos geralmente são desencadeados por estresse ou trauma intensos. Os transtornos dissociativos são:

  • Transtorno de despersonalização/desrealização – sensação de desligamento de si próprio e/ou do ambiente.
  • Amnésia dissociativa – não lembrar de informações pessoais importantes, normalmente relacionadas a trauma ou estresse.
  • Transtorno dissociativo de identidade – fragmentação da identidade com diversos estados de personalidade.

 

Transtornos somatoformes 

Transtornos somatoformes são caracterizados por um ou mais sintomas somáticos (dor torácica, sintomas gastrintestinais, cardiovasculares, sexuais e sintomas pseudoneurológicos) acompanhados por pensamentos excessivos, sentimentos e comportamentos associados aos sintomas somáticos.

 

Os transtornos somatoformes podem ser divididos em:

  • Transtorno de somatização ou Síndrome de Briquet;
  • Transtorno hipocondríaco;
  • Transtorno neurovegetativo somatoforme;
  • Transtorno dismórfico corporal.

 

Transtornos Depressivos

Depressão Maior 

A depressão é um transtorno depressivo caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas que se manifestam de diferentes formas. Além da tristeza, outros sintomas que podem estar presentes na depressão são distúrbios do sono, alterações de apetite, dificuldade de concentração e memorização, perda de energia, irritabilidade, apatia, perda de prazer nas atividades diárias, baixa autoestima e dores no corpo.

O diagnóstico de depressão é feito através de anamnese precisa realizada por um profissional capacitado como o psiquiatra.

 

Depressão Resistente

É uma condição que afeta pessoas com transtorno depressivo maior que não respondem adequadamente a dois tipos de antidepressivos apropriados dentro de um determinado período de tempo. Para avaliar os efeitos do antidepressivo são necessárias ao menos seis semanas de uso. A resposta inadequada tem sido tradicionalmente definida como nenhuma resposta clínica, ou seja, nenhuma melhora nos sintomas depressivos.

 

Transtornos de Personalidade

Transtorno de Borderline 

Transtorno de Personalidade Borderline é um transtorno mental que tem um padrão generalizado de instabilidade e hipersensibilidade nos relacionamentos interpessoais, instabilidade na autoimagem, flutuações extremas de humor e impulsividade. 

 

Estes são alguns dos sintomas do Transtorno de Borderline:

  • Sentimento de vazio;
  • Sensação de angústia e de abandono;
  • Frequente e repentina alteração no humor;
  • Instabilidade afetiva;
  • Sentimentos polarizados;
  • Impaciência;
  • Raiva;
  • Instabilidade da percepção de si mesmo;
  • Autodepreciação e autolesão;
  • Pensamentos suicidas.  

 

Narcisista

É um transtorno mental em que ocorre a combinação da estrutura do pensamento, temperamento e apego. Isso quer dizer que o narcisista possui uma forma diferente de pensar, sentir, agir, interagir e se perceber no mundo.

Para o diagnóstico do transtorno de personalidade narcisista, os pacientes devem ter características como autoimportância exagerada, necessidade de admiração e falta de empatia.

 

Além disso para ser considerado narcisista, a pessoa precisa ter 5 ou mais das características abaixo:

  • Preocupação com fantasias de realizações ilimitadas, influência, poder, inteligência, beleza ou amor perfeito;
  • Convicção de que eles são especiais e únicos e devem associar-se apenas as pessoas de destaque;
  • Necessidade de ser sempre admirado e bajulado;
  • Sensação de merecimento;
  • Exploração dos outros para alcançar objetivos próprios
  • Falta de empatia;
  • Inveja dos outros e convicção de que outros os invejam
  • Arrogância e altivez;
  • Diminuição dos próprios defeitos, atitudes ou falhas. 

 

Anancástica 

O transtorno de personalidade anancástica é caracterizado por um constante sentimento de dúvida, escrupulosidade, verificações e preocupação constantes com detalhes, obstinação, perfeccionismo, prudência e rigidez excessivas ocorridas na infância e que persistem na idade adulta. 

 

Histriônica 

O transtorno de personalidade histriônica é caracterizado por um padrão generalizado de excessiva emocionalidade e busca de atenção e aceitação.

Pessoas com transtorno de personalidade histriônica usam sua aparência física, através da sedução ou provocação de forma inadequada para ser o centro das atenções e quando não conseguem muitas vezes ficam deprimidos. A autoestima das pessoas com transtorno histriônica depende da aprovação alheia, por isso agem de modo submisso ou se colocam em posições desagradáveis para conseguir a aprovação das pessoas. Outra característica importante de pessoas com este transtorno é ter um comportamento extrovertido e dramático.

 

Antissocial 

É um transtorno em que a pessoa não sente culpa ou remorso por cometer atos ilícitos e por prejudicar terceiros. Pacientes com transtorno de personalidade antissocial tendem a ter uma opinião elevada de si mesmos e podem ser muito teimosos, autoconfiantes ou arrogantes. Além disso são irritados e fisicamente agressivos. São social e financeiramente instáveis, e também impulsivos, não planejando com antecedência e não considerando as consequências para própria segurança ou dos outros. 

 

Dependente 

Caracterizado por uma necessidade generalizada e excessiva de ser cuidado, resultando em submissão e apego. Também apresentam dificuldade de tomar decisões; precisam da aprovação dos outros para decisões; necessitam que alguém assuma a responsabilidade por muitos aspectos importantes das suas vidas; dificuldade em discordar dos outros por temer perder suporte ou aprovação; disponibilidade para fazer qualquer tarefa para obter o apoio das pessoas; dificuldade de iniciar projetos sozinho; sensação de desamparo quando estão sozinhos; preocupação irrealista com medo de serem abandonados para cuidar de si mesmos. 

 

Ansiosa 

São geralmente tímidos e com baixa autoestima.  Se sentem desconfortáveis em ambientes sociais, apesar de terem um anseio forte pelo contato social. Críticas e desaprovações os magoam facilmente. Possuem poucas relações pessoais geralmente somente com familiares e parentes mais próximos. Se expostos socialmente experienciam sentimentos de tensão e apreensão.  Aumentam as dificuldades existentes em atividades comuns, por estarem fora de sua rotina e zona de conforto.

 

Transtornos de Humor

Transtorno Afetivo Bipolar

É uma doença em que ocorre alternância entre episódios depressivos, episódios hipomaníacos ou maníacos e períodos de estabilidade. Essas oscilações de humor podem surgir de forma brusca e não necessariamente se relacionam com fatores externos.

As pessoas acometidas por essa doença apresentam nos episódios depressivos: sentimentos de tristeza, angústia, falta de energia, desânimo, alterações de sono e apetite, apatia, falta de prazer nas atividades, dificuldade de concentração, dificuldade para tomar decisões e, nos casos mais intensos, sentimentos suicidas. Nos episódios maníacos os sintomas são opostos entre eles, humor expansivo, com estado exacerbado de empolgação, pensamentos acelerados, excesso de energia com redução de atenção e concentração, com isso a pessoa inicia várias atividades, mas não conclui nenhuma. A necessidade de sono diminui, nos casos mais graves a pessoa chega a ficar algumas noites sem dormir. Os sintomas do episódio hipomaníaco são bastante semelhantes ao maníaco, porém menos intensos e com menor duração.

 

Ciclotimia

É um transtorno de humor que causa alternância entre os períodos de hipomania (estado leve de euforia) e depressão. Em alguns casos, pode haver ainda momentos de estabilidade em seu temperamento. Os sintomas da ciclotimia têm períodos mais curtos e com menor intensidade. Por isso, muitos classificam o distúrbio ciclotímico como uma forma leve da bipolaridade.

 

Distimia

É um tipo de depressão crônica, de moderada intensidade. Diferentemente da depressão que ocorre em episódios, a distimia não tem essa marca brusca de ruptura e pode persistir por longos períodos. O principal sintoma da distimia é a irritabilidade, além de mau humor constante, baixa autoestima, desânimo, tristeza, alterações do apetite e do sono e predominância de pensamentos negativos.

O diagnóstico de distimia é eminentemente clínico caracterizado pela manifestação dos sintomas durante pelo menos dois anos consecutivos.

 

Transtornos relacionado a uso de psicoativos

Alcoolismo 

O alcoolismo, ou dependência alcoólica, é um transtorno psiquiátrico que se desenvolve ao longo do tempo levando ao consumo abusivo de álcool. Esse padrão destrutivo de ingestão pode provocar a intoxicação ou abstinência com sintomas psíquicos e físicos desagradáveis e perigosos.

A ingestão de álcool pode causar diversas alterações químicas no cérebro que geram o imediato sentimento de prazer, o que leva o indivíduo a ingerir doses cada vez maiores da bebida. Com o tempo, a sensação de prazer tende a diminuir, mas a pessoa continua a beber para tentar manter a sensação inicial de prazer do início do consumo ou para evitar os sintomas da abstinência. 

 

Vício em drogas ilícitas 

O vício em drogas ilícitas ou dependência química é o hábito causado por substâncias que atuam na forma de agir da pessoa, com maior poder de vício e maiores sequelas psíquicas e físicas.

As drogas ilícitas promovem a liberação anormal de dopamina aumentando a sensação de prazer. Por isso, o uso de substâncias ilícitas faz com que a pessoa não tenha outros prazeres além da droga. Assim, após qualquer sentimento de euforia ou de angústia, faz com que o uso dessas substâncias se torne um ato impulsivo e compulsivo.

O uso constante das drogas ilícitas, leva o organismo a ter tolerância ao efeito dessas substâncias. Com isso, é necessário doses cada vez maiores para obter o mesmo nível de prazer inicial, causando a dependência.

Com a dependência, não usar as drogas ilícitas, provoca sinais de abstinência, com sintomas físicos e psíquicos. 

 

Tabagismo 

O Tabagismo, também conhecido como Dependência de Nicotina, é uma doença crônica, que geralmente inicia na adolescência, caracterizando-se pela inalação da fumaça proveniente da combustão do tabaco presente nos cigarros. O uso do cigarro incialmente pode ser eventual, mas, com a continuidade do hábito de fumar, o indivíduo evolui para a dependência, com variados graus de intensidade. A pessoa dependente geralmente apresenta tolerância, ou seja, há uma redução do efeito com o uso contínuo da mesma quantidade da substância, com isso a pessoa passa a usar quantidades cada vez maiores.

 

Transtornos Alimentares

Bulimia 

São episódios repetidos de ingestão rápida de grandes quantidades de alimentos de forma compulsiva, mas que são seguidos por tentativas de compensar o excesso de consumo com vômito autoinduzido ou tomando laxantes. 

 

Anorexia

É um transtorno alimentar caracterizado pela busca incessante pelo emagrecimento, percepção distorcida do próprio corpo e recusa alimentar. O paciente com anorexia nervosa limita a ingestão de alimentos, mas por outro lado também pode comer compulsivamente e, em seguida, compensar isso por meio da autoindução do vômito ou através do uso de laxantes.

 

Transtornos do Sono

Insônia

A insônia é um transtorno do sono que se caracteriza pela dificuldade de iniciar o sono ou manter um sono contínuo. Cerca de 30% a 50% dos brasileiros sofrem com a insônia, que pode ser causada por diversas razões, como estresse, ansiedade, depressão, dor crônica e uso de certos medicamentos.

 

Hipersonia 

É um transtorno do sono caracterizado por quadros diurnos de sonolência excessiva, mesmo com após uma noite de sono prolongada e de qualidade. Os episódios de hipersonia diurna podem ser recorrentes e afetam mais os homens do que as mulheres e geralmente iniciam na adolescência ou início da fase adulta.

Pessoas com hipersonia têm grande dificuldade de se manter despertas durante o dia e podem adormecer a qualquer hora e em qualquer lugar, com durante o volante ou no trabalho, trazendo enormes prejuízos a vida diária.

 

Dr. Danilo de Melo

CRM-GO  13624 / RQE 12082

Psiquiatra e Psicoterapeuta

-Membro da Associação Psiquiátrica de Goiás – APG;

-Membro Titular da Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP.

 

 

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