Você sabe o que é transtorno explosivo intermitente?

O Transtorno Explosivo Intermitente (TEI), também conhecido como Síndrome do Hulk, é um distúrbio psicológico caracterizado por comportamentos agressivos e acessos descontrolados de fúria. Geralmente o transtorno começa na infância ou no início da adolescência.
Mas qual é a diferença entre um ataque de raiva comum e o Transtorno Explosivo Intermitente?
Apesar dos dois serem causados por alguma situação de provocação, estresse, brigas, no caso do Transtorno Explosivo Intermitente, as demonstrações de raiva são desproporcionais ao motivo, a pessoa não consegue controlar os impulsos agressivos.
Além disso, a pessoa com Transtorno Explosivo Intermitente também pode apresentar:
- Batimento cardíaco acelerado;
- Irritabilidade e impaciência;
- Tremores;
- Sudorese;
- Tensão muscular;
- Reações desproporcionais;
- Comportamento reativo;
- Impulsividade;
No Transtorno Explosivo Intermitente, a classificação das explosões de raiva são entre “leves” ou “severas”. As explosões “leves” são ameaças, xingamentos, ofensas, gestos obscenos, ataque de objetos e agressões físicas sem lesão corporal. O indivíduo para ser diagnosticado com Transtorno Explosivo Intermitente, as explosões leves devem ocorrer com uma frequência média de 2 vezes na semana por um período mínimo de 3 meses. No caso de ocorrer explosões mais severas que incluem destruição de propriedade/patrimônio e ataques físicos com lesão corporal, precisa acontecer ao menos 3 episódios dentro do período de um ano para ter o diagnóstico do transtorno.
Não é incomum, também, que o indivíduo com Transtorno Explosivo Intermitente se sinta muito envergonhado ou culpado após o momento de explosão de raiva ou irritabilidade.
Apesar de tudo isso, é muito importante lembrar que o fato de uma pessoa ter “cabeça quente” não significa necessariamente que ela tenha o transtorno explosivo intermitente. Algumas pessoas simplesmente ficam irritadas ou com raiva mais facilmente.
Por isso, é fundamental buscar o autoconhecimento para entender de onde está vindo esse enraivecimento e procurar ajuda psicológica e psiquiátrica caso perceba que eles são excessivos.
Em geral, ainda não existe uma cura para o Transtorno Explosivo Intermitente, mas com o auxílio de terapia é possível desenvolver mecanismos para controlar as explosões de raiva e evitar que elas afetem o dia a dia e as relações interpessoais.
Dr. Danilo de Melo
CRM-GO 13624 / RQE 12082
Psiquiatra e Psicoterapeuta
-Membro da Associação Psiquiátrica de Goiás – APG;
-Membro Titular da Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP.
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